Luxemburgo

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Luxemburgo

Considerado um dos países mais desenvolvidos da Europa e que conta com o maior salário mínimo do continente, de aproximadamente € 2.500, algo em torno de R$ 15.000 (considerando o câmbio do mês em que visitamos, maio de 2024), fomos conhecer Luxemburgo e vamos contar tudo o que esse país tem!

Luxemburgo é um dos menores países europeus, com cerca de 650 mil habitantes, porém é um dos mais ricos, sendo o segundo maior centro de fundos de investimentos do mundo (atrás somente dos Estados Unidos), e o mais importante centro de private banking da zona do euro.

O país faz fronteira com França, Bélgica e Alemanha, por isso é uma parada perfeita para quem visita um desses países. Nós saímos de Bruxelas, na Bélgica, e fomos até Luxemburgo de trem, em uma viagem de aproximadamente 3h de duração (o valor do ticket foi de aproximadamente R$ 200 – somente a ida).

Ficamos um dia e meio no país e conhecemos os seus principais pontos turísticos, como a Ponte Adolphe, Place de la Constituicion, Catedral de Notre Dame, Place D´Armes,  Palácio Grão Ducal e Casamatas de Bock.

Nossa primeira parada foi na Ponte Adolphe, que recebe este nome em homenagem ao grão-duque Adolphe, que reinou entre 1890 e 1905. Também chamada de Ponte Nova, ela já foi considerada uma das maiores pontes de pedra do mundo, com mais de 50 metros de altura e 150 metros de extensão. A Ponte Adolphe chama a atenção por seus belos arcos e está a poucos metros de distância da Praça da Constituição, uma das mais importantes do país. Ah, uma curiosidade: você pode atravessar a ponte por cima ou por baixo, já que ela conta com um túnel subterrâneo (muito útil em dias chuvosos) e ótimo para tirar fotos de ângulos estratégicos.

Saímos da ponte e fomos direto para a Praça da Constituição e nos impressionamos com sua beleza e conservação. Essa praça foi inaugurada em 1923 e conta com uma fortaleza para homenagear os soldados luxemburgueses que lutaram na Primeira Guerra Mundial (mais de 2.800 morreram na guerra). Ao lado da fortaleza está o Monumento da Recordação, que é considerado um símbolo da liberdade e resistência de Luxemburgo. Em sua torre está uma estátua dourada chamada Gelle Fra (Dama Dourada) que fica no topo, com mais de 20 metros de altura.

A praça conta com um jardim muito bonito, repleto de bandeiras de Luxemburgo, além de bares e restaurantes em seu entorno. Andando por lá descobrimos um brinquedo que é uma espécie de “plataforma giratória”, em que você pode subir e ter uma vista 360º da praça e da cidade como um todo. Achamos que valeu super a pena e o ingresso custa € 12 por pessoa.

A poucos metros de distância está a Catedral de Notre Dame (sim, é o mesmo nome da famosa catedral francesa). Construída em 1613, sua arquitetura é predominantemente gótica, mas com elementos que remetem ao Renascimento. Infelizmente quando chegamos ela estava fechada, mas ainda assim valeu a pena conhecê-la por fora, já que sua fachada é linda.

Como dito no início deste texto, Luxemburgo é um dos países mais ricos do mundo e, portanto, o custo de vida também é muito alto. Como estávamos no fim da nossa viagem pela Europa (passamos antes por Hungria, Eslováquia, Áustria, República Tcheca e Bélgica), resolvemos dar uma economizada e almoçamos no Five Guys, uma rede americana de hamburgueres muito famosa, mas que ainda não chegou ao Brasil. Achamos a relação custo-benefício ótima e recomendamos para quem não deseja gastar muito, considerando os padrões do país.

De barriga cheia, partimos para o nosso próximo destino que foi a Praça das Armas, praça que fica bem no centro da cidade e é repleta de restaurantes e bares ao seu redor. É nessa praça que fica o Cercle Cité, uma construção imponente que é um centro de convenções e exposições. A praça é um lugar super agitado e costuma receber festas e manifestações culturais. Ah, uma curiosidade: há diversas “cabines” espalhadas para que as pessoas possam encher suas garrafinhas com água potável, além de água para pets – tudo de graça.

Seguimos em direção ao Palácio Grão-Ducal, residência oficial do grão-duque de Luxemburgo, que é o chefe de estado do país desde 1890. Infelizmente, não é possível entrar no palácio, mas vale a pena visitar a sua fachada pela sua imponência e riqueza de detalhes e também porque o Palácio fica em frente a Chocolate House, um café diferentão, que nós gostamos bastante. Nesse lugar, além das opções de café tradicionais, há uma prateleira com diversos sabores de chocolate em “barra” para você escolher e mergulhar no seu café até ele derreter e dar um gosto especial à bebida. Nós escolhemos as opções de avelã e Baileys e adoramos, com certeza vale a pena experimentar.

Para fechar a nossa visita a Luxemburgo, nossa última parada foi nas Casamatas de Bock, que são consideradas um patrimônio cultural pela UNESCO desde 1994 e um dos principais atrativos do país. Construída em 1745, as Casamatas são uma fortaleza utilizada na época da Segundo Guerra Mundial para proteger Luxemburgo de invasores e para abrigar a população de bombardeios (mais de 35 mil pessoas se refugiaram ali para escapar dos horrores da guerra). Além de toda o seu componente histórico e cultural, as Casamatas de Bock ainda oferecem uma vista linda da cidade. Definitivamente, um passeio imperdível!

Luxemburgo é um país extremamente estruturado, muito seguro e faz jus à fama de ser um dos países mais desenvolvidos do mundo. Antes de encerrar, duas curiosidades sobre o país: Luxemburgo oferece transporte de qualidade 100% gratuito (é isso mesmo, você não paga nada para andar de ônibus e metrô no país todo – vale tanto para residentes quanto turistas) e é um dos países com mais imigrantes portugueses (estima-se que quase 100 mil portugueses vivem no país, o que corresponde a 14,5% da sua população total), portanto é muito comum ouvirmos pessoas falando português nas ruas.