Bruxelas

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Bruxelas

Capital da Bélgica conhecida mundialmente por sua vasta produção de cervejas e chocolates, fomos conhecer Bruxelas.

Saímos de Praga, na República Tcheca, e pegamos um voo até Bruxelas – até consideramos ir de trem, mas como demorava mais de 10h de viagem e tínhamos pouco tempo, optamos por ir de avião e chegamos no país em apenas 1h30. Bruxelas é uma cidade que abriga a sede da União Europeia, por isso é muito comum você ouvir vários idiomas na rua, com predominância do francês, alemão e inglês.

Ficamos dois dias na cidade e esperávamos mais. Achamos Bruxelas um tanto quanto largada, com muito lixo nas ruas e estações de metrô bem sujas e com pouca sinalização, além de não ter tantas atrações quanto outras capitais europeias. O que realmente valeu a pena, na nossa visão, foi a comida. Nos empanturramos do cone de batatas fritas (recomendamos muito a Friterie Tabora que tem diversas opções de molhos e faz batatas sequinhas e crocantes), waffle e muito chocolate – clássicos belgas –, além, claro, de muitas cervejas que experimentamos na Delirium.

Na nossa opinião, vale a pena conhecer Bruxelas, mas acreditamos que um dia é o suficiente para conhecer o principal. Como a Bélgica fica bem próxima da França e da Holanda, pode ser interessante fazer um bate e volta se você estiver em algum desses países.

Dividimos o nosso roteiro desta forma:

Dia 1: Atomium, Delirium, Jeanneke Pis, Manneken Pis;

Dia 2: Grand Place, Galeria Royal Saint Hubert, Catedral de Saint Michel e Monte das Artes.

Atomium, Delirium, Jeanneke Pis, Manneken Pis;

Começamos o nosso primeiro dia em terras belgas pelo Atomium, que se tornou o cartão-postal de Bruxelas e é uma das principais atrações da cidade. Como estava um dia frio e chuvoso, aproveitamos para conhecer o local que é fechado e coberto e deixamos para conhecer a Grand Place no dia seguinte, já que a previsão era de sol.

O Atomium é uma atração que fica um pouco mais distante do centro de Bruxelas, mas super fácil de chegar, já que há uma estação de metrô que fica literalmente em frente a ele (estação Heysel, linha 6). Do centro de Bruxelas até o Atomium são aproximadamente 20 minutos de metrô.

Construído em 1958 para o evento Expo 58, o Atomium é uma construção imponente e moderna. Com 102 metros de altura, conta com oito esferas de ferro com 18 metros de diâmetro, que estão conectadas por tubos. Em seu interior, é possível acessar todas as esferas por meio de escada rolantes e até elevadores. Cada esfera conta com uma exposição – algumas são fixas, como a exposição que mostra o passo a passo da construção do Atomium, e outras são itinerantes e mudam de tempos em tempos. Quando nós fomos, estava tendo uma exposição bem interessante sobre o som.

O Atomium tem uma importância tão grande em Bruxelas que é considerado a sua “Torre Eiffel”, tornando-se um ponto obrigatório para quem vem até a cidade. A sua entrada custa €16 e vale a pena reservar uma manhã toda, já que o lugar é bem grande. Além das exposições, o Atomium nos entrega uma vista linda panorâmica da cidade de Bruxelas, perfeita para tirar muitas fotos. O local também tem um café/restaurante no topo, mas os preços são bem salgados, então recomendamos comer antes ou depois da visita no centro que conta com opções mais acessíveis.

Saímos do Atomium, pegamos o metrô e voltamos para o centro de Bruxelas. Como bons cervejeiros que somos, nossa próxima parada só podia ser a Delirium, uma das cervejarias mais famosas do mundo e que entrou no Guiness por ser o bar com a maior quantidade de rótulos de cervejas disponíveis: 2.500 (sim, é surreal!).

Com tantas opções, fica quase impossível escolher uma só, então pedimos a ajuda do bartender que conseguiu nos indicar ótimos rótulos baseados nos nossos gostos (eu prefiro Witbeer, já o Luiz adora IPA). Sentamos e ficamos ali algumas horas tomando cervejas e revendo o nosso roteiro. Para quem gosta de cerveja esse lugar é, sem dúvida nenhuma, uma parada obrigatória – inclusive, voltamos no dia seguinte para degustar novos rótulos, rsrs.

Literalmente em frente ao bar da Delirium fica a estátua da Jeanneke Pis, a versão feminina em que uma garotinha está abaixada fazendo xixi. Um pouco adiante, fica o Manneken Pis, que é um dos símbolos de Bruxelas e é uma estátua em que o garotinho está fazendo xixi. Há diversas lendas e teorias sobre essa estátua, mas achamos que não vale tanto alvoroço, já que é uma construção pequena e até sem graça (que os belgas não leiam isso, rs).

Pertinho do Manneken Pis (uma caminhada de cinco minutos), fica a Friterie Tabora, uma portinha onde são vendidos os melhores cones de batata fritas do mundo, na nossa humilde opinião. Esse lugar é tão famoso que é super comum ter filas quilométricas na porta, inclusive no dia que nós fomos, mas a fama era tanta que resolvemos aguardar e valeu a pena demais. Além da batata frita ser super sequinha e saborosa, você ainda pode escolher entre uma infinidade de opções de molhos, como maionese trufada, para deixar o seu cone ainda mais gostoso. A Friteria é um lugar take-away, então a maioria das pessoas retira o seu pedido e senta na praça que fica em frente para comer sem pressa. Só de escrever já me deu água na boca, rsrsrs. Se for para Bruxelas, não deixe de experimentar.

Grand Place, Galeria Royal Saint Hubert, Catedral de Saint Michel e Monte das Artes

Começamos o nosso segunda dia pela Grand Place, a principal praça de Bruxelas, que é, inclusive, considerada uma das praças mais bonitas da Europa. Ela é o coração da cidade e abriga a prefeitura de Bruxelas (edifício Hotel de Ville – construído em 1459), a Maison du Roi (que é a casa do Rei, construída em 1536), Le Pigeon (casa onde morou o escritor Victor Hugo durante seu exílio na Bélgica, em 1852), entre outras construções marcantes. A beleza arquitetônica dos prédios que compõem a praça é indescritível, por isso recomendamos muito a visita.

Além das construções históricas, a Grand Place também conta com diversos bares e restaurantes, mas, por ser extremamente turística, os preços são mais salgados, então recomendamos almoçar nos restaurantes das ruas que ficam atrás da praça. Comemos um prato bem tradicional belga, o Carbonnade Flammande – cozido de carne feito na cerveja escura, com cebola, cenoura e outros temperos, além de acompanhar batata frita. Achamos bem parecido com a nossa carne de panela, e vale a pena provar. delicioso.

Seguindo o nosso roteiro, nossa próxima parada foi na Catedral de São Miguel e Santa Gúdula (em francês, Cathédrale Saint Michel et Saint Gudule), que também fica bem pertinho da Grand Place (dez minutos de caminhada).

Essa catedral é considerada a principal igreja católica da Bélgica e se destaca por seu interior riquíssimo em detalhes barrocos, além de vitrais coloridos, estátuas e um órgão com mais de 4 mil tubos e 4 teclados. A entrada é gratuita, mas se quiser visitar a cripta e o tesouro da catedral há um custo de €3.

A menos de 500 metros de distância fica a Galeria Royal Saint Hubert, nossa próxima parada. A galeria conta com diversas lojas de grife, de joalherias a lojas exclusivas de moda, chocolates e restaurantes, e nos lembrou muito a Galeria Vittorio Emanuele, de Milão, por seu design moderno e futurista. Construída em 1847, foi a primeira galeria comercial da Europa, e conecta a parte história de Bruxelas a uma parte mais moderna da cidade. Um dos seus destaques é o teto, uma cúpula de cristal lindíssima!

Para fechar o nosso tour por Bruxelas, fomos até o Monte das Artes (em francês, Mont des Artes), que fica a apenas dez minutos de distância da galeria. O Monte das Artes é um jardim imenso, bem arborizado e repleto de flores, além de esculturas, de onde você tem uma vista privilegiada do centro de Bruxelas.