destinos
Viena
Conhecida por abrigar imponentes palácios imperiais, como Schönbrunn, Belvedere e Hofburg, Viena é uma cidade que respira música, cultura e muita história.
A capital da Áustria – distante apenas 1h de trem de Bratislava, na Eslováquia, e de onde viemos – conta com diversos museus, jardins super bem conservados, comidas típicas deliciosas, além de ótimas óperas e concertos musicais. Vale lembrar que Viena foi a residência de grandes nomes da música, como Wolfgang Mozart.
Chegamos em Viena por volta de 20h e descemos na principal estação de trem da cidade, a Hauptbahnhof Wien. Nosso hotel era bem próximo (apenas dez minutos a pé) e assim que saímos da estação, fomos no Vapiano, aquele restaurante italiano que comemos quando estávamos em Budapeste (e que amamos e recomendamos muito!).
Sabíamos que a viagem seria boa porque ela já começou muito bem. Pedimos as nossas massas preferidas (linguine à carbonara e spaguetti pomodoro mussarella), tomamos um bom vinho e fomos para o quarto descansar que o próximo dia seria bem agitado.
Ficamos dois dias na cidade e dividimos o nosso roteiro assim:
Dia 1: Praça Stephansplatz, Catedral de Santo Estevão, Palácio de Hofburg, igreja de Karlskirche
Dia 2: Palácio Belvedere, Palácio de Schönbrunn, Stadtpark
Praça Stephansplatz, Catedral de Santo Estêvão, Palácio de Hofburg, igreja de Karlskirche
A Stephansplatz é a praça mais famosa de Viena e abriga alguns dos principais cartões-postais da cidade, como a magnífica Catedral de Santo Estêvão.
A praça é bem ampla e conta com diversas lojas, bares, restaurantes, cafés, um carrossel para as crianças e até uma feirinha de artesanato onde se vendem comidas e bebidas típicas, além de souvernis.
Fomos em maio e nos surpreendemos com o número absurdo de turistas (depois descobrimos que naquele dia era um feriado nacional). Inclusive, recomendamos a visita nessa época do ano, já que ainda não começou a alta temporada europeia (junho/julho) e as temperaturas já estão bem agradáveis (pegamos um calorzinho de 24 graus, o que foi ótimo!).
Depois de zanzar pela praça, paramos para almoçar em uma das barraquinhas da feirinha, com comidas típicas. Pedimos o salsichão, que vem acompanhado de vários molhos, e cerveja. Ah, Viena é muito mais cara que os destinos que passamos anteriormente (Budapeste e Bratislava), então vá preparado e com a carteira abastecida.
Já devidamente alimentados, fomos ver de pertinho a Catedral de Santo Estêvão e nos impressionamos com a sua arquitetura e riqueza de detalhes. A catedral é uma das mais antigas da Europa, tendo sido construída e renovada entre 1304 e 1433. Possui duas torres – a Norte com 68 metros de altura e a Sul com 136 metros –, além do seu charmoso telhado, composto por mais de 250 mil azulejos.

O visitante pode entrar na igreja gratuitamente, mas, se quiser subir nas suas torres e acessar as catacumbas, é necessário pagar (cada uma das atrações cobra um valor à parte de até € 6).
Ah, e uma curiosidade: a catedral abriga os restos mortais de boa parte da família real Habsburgo e é também onde Mozart se casou e onde foi enterrado posteriormente.
Um pouco adiante, na lateral direita da catedral, fica a rua Kärntner Straße, conhecida como a “Quinta Avenida” de Viena por suas inúmeras lojas de luxo, como Rolex, Louis Vitton, Hérmes, Dolce Gabbana, entre outras.
Seguindo em frente, nos deparamos com uma construção maravilhosa e logo desconfiamos que estávamos diante do Palácio de Hofburg. Construído em 1279, foi a residência da família Habsburgo por mais de 600 anos.


Além dos aposentos imperiais, o palácio também conta com museus, uma igreja, a Biblioteca Nacional da Áustria e até o escritório do presidente do país. Para quem faz o tour pelo seu interior, é possível ver de pertinho o quarto da imperatriz Sisi e seus objetos pessoais, toda a prataria da realeza, como luxuosas cristaleiras, e o tesouro imperial de Viena. O valor do ingresso é de € 15 (adultos).
Para encerrar o nosso primeiro dia inteiro em Viena, fomos conhecer a igreja de Karlskirche (também conhecida como igreja de São Carlos Borromeu), localizada na praça Karlsplatz (Praça Carlos, em português).
Diz a lenda que durante a epidemia de peste na Europa, em 1713, o imperador Carlos VI prometeu que quando Viena estivesse livre da doença, construiria uma igreja em homenagem a São Carlos Borromeu, padroeiro na luta contra a doença.
A visita no interior da igreja tem um custo de € 8 (adultos).


Palácio Belvedere, Palácio de Schönbrunn, Stadtpark
Nosso segundo dia em Viena foi dedicado a conhecer dois dos palácios mais famosos da Áustria: Belvedere e Schönbrunn. Recomendamos reservar um dia todo para conhecê-los com calma, afinal além da decoração e da história riquíssima que ambos têm em seus interiores, eles ainda possuem jardins belíssimos que valem a parada (seja para um piquenique, para jogar conversa fora, tomar um sorvete ou simplesmente admirar a natureza).
Bom, começamos pelo Palácio Belvedere que ficava bem pertinho do nosso hotel. O palácio foi construído em 1714 como residência de verão do príncipe Eugênio de Saboia e é divido em duas partes: Belvedere Superior e Belvedere Inferior.
O Belvedere Superior é considerado o palácio “principal”, pois possui uma fachada mais imponente e fica em frente a um grande jardim francês (como fomos na primavera, já estava repleto de flores). Em seu interior, há diversas obras do barroco e da idade medieval, além de coleções de pinturas da galeria austríaca, entre as quais se destaca o famoso quadro O Beijo, de Gustav Klimt. Já no Belvedere Inferior estão exposições de arte barroca de diversos artistas austríacos.


Tanto o Belvedere Superior como o Belvedere Inferior são bonitos, mas confesso que esperávamos mais até pelo valor do ingresso (€ 24), que é bem alto se comparado a outras atrações.
Achamos sim que vale a visita, mas, se o orçamento estiver apertado, vá apenas para conhecer a fachada e os jardins e reserve o seu dinheiro para o Palácio de Schönbrunn, que é a nossa próxima parada.
Para chegar ao Palácio de Schönbrunn, pegamos um tram (1D – na parada Prater, Hauptallee), descemos na parada Gußhausstraße e pegamos o metrô (U4 verde) até a estação Schönbrunn. Esse percurso leva em média de 30 a 40 minutos.
Já dissemos neste texto que a Áustria é repleta de palácios e de construções que impressionam, mas, mesmo após dois dias no país, ainda somos impactados com a beleza desses lugares e foi exatamente isso que aconteceu quando nos deparamos com o Palácio de Schönbrunn.
Construído no século XVII para ser mais uma das residências de verão da família imperial austríaca é conhecido como o “Palácio de Versalhes de Viena”, devido à sua semelhança com os jardins do palácio francês e suas esculturas e obras de arte.

Esse palácio é o mais visitado da Áustria e é um dos principais cartões-postais de Viena, então com certeza é um lugar que vale muito a pena conhecer.
Devido ao seu tamanho (são mais de 16 hectares), é um passeio para uma tarde toda. Recomendo que você reserve pelo menos uma hora para visitar o interior do palácio, que é rico em obras de arte da época e mobiliários, pratarias e pinturas que pertenceram à família real, e pelo menos mais duas horas para conhecer todo o seu grandioso jardim. Sério, nós achamos o jardim ainda mais impressionante do que o palácio, as flores e as esculturas são belíssimas e valem a pena ser contempladas.
Ao longo de 1,5 km dos jardins, você encontra uma Fonte de Netuno, a qual foi projetada em 1770, além do Gloriette, uma bela construção que se tornou um dos mirantes mais bonitos da cidade (ali funciona um restaurante, então achamos o lugar perfeito para tomar uma cerveja enquanto observamos o pôr do sol).



Se programe para andar bastante porque é um passeio que exige muita disposição, mas que vale a pena demais. O ingresso para o museu tem um custo de € 24 e pode ser comprado pela internet (recomendamos comprar com antecedência porque as filas costumam ser enormes).
Já no fim da tarde, saímos do Palácio de Schönbrunn e fomos até o Stadtpark, o principal parque de Viena (o Parque Ibirapuera deles, rs). Aberto ao público desde 1862, o parque possui mais de 65 mil metros quadrados e é cortado pelo Rio Wien. Uma das suas principais atrações é a estátua de Johann Strauss, um dos principais compositores austríacos, conhecido principalmente por suas valsas.
O parque fica bem no centro da cidade de Viena e é de fácil acesso, com vários pontos de ônibus ao redor e próximo à estação de metrô Stadtpark (linha U4).
E para fechar o nosso último dia em Viena com chave de ouro, fomos em um restaurante bem tradicional da cidade, o Gasthaus Kopp, experimentar um dos pratos mais tradicionais do país que é o Wiener Schnitzel, um escalope de carne empanada, acompanhado de salada de batatas. Recomendamos muito!
Ficamos dois dias em Viena e conseguimos ver as principais atrações, mas foi corrido. Se você tiver mais tempo, recomendamos ficar pelo menos três dias para poder visitar tudo com calma e até assistir uma Ópera na cidade do Mozart (nada mal, né?).
