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Kruger Park
Praias, safáris, vinícolas e montanhas em um único país? Sim, essa é a surpreendente África do Sul! Vem com a gente conhecer mais sobre esse lugar repleto de belezas naturais e com uma cultura super diversa.
Escolhemos passar as nossas férias na África do Sul em 2019 justamente por ser um país que contempla o que mais gostamos: praias, passeios de aventura, além de ótimas opções de comida e bebida – e tudo isso por preços extremamente convidativos (principalmente se comparado aos dos países europeus).
Fomos em agosto, durante o inverno no país, para passar 14 dias por lá – tempo que achamos suficiente para conhecer com calma as suas principais atrações. Confira aqui todos os posts sobre a África do Sul.
Apesar de ser inverno, as temperaturas eram bem agradáveis durante o dia, em torno de 22 a 23 graus, e à noite na casa dos 15/16 graus – algo bem próximo ao inverno em São Paulo. O lado bom de ir no inverno é que é um período de baixa temporada, ou seja, as atrações estavam bem mais tranquilas e praticamente sem filas. Na nossa opinião, compensou muito!
Saímos de São Paulo e pegamos um voo direto para Joanesburgo pela Latam. O voo durou aproximadamente 8h. Chegamos no Aeroporto Internacional Oliver Tambo pela manhã e de lá mesmo começamos a nossa primeira aventura: alugamos um carro para ir até Phalaborwa, cidade que fica a apenas 8 km do Kruger National Park – o safári mais famoso da África e o primeiro destino da nossa viagem.
Comentei que foi uma aventura porque Phalaborwa fica a mais de 500 km de distância de Joanesburgo, o que dá mais de 6h de carro (isso depois de um voo de 8h), então estávamos bem cansados. E detalhe importante: por ser ex-colônia da Inglaterra, a África do Sul adota a mão inglesa, ou seja, o volante do carro fica do lado direito do veículo e a sinalização, a que nós aqui no Brasil estamos acostumados, é invertida.
Cenário perfeito para o caos, né? Confesso que demoramos para nos adaptar e, até isso acontecer, entramos na contramão várias vezes, recebemos buzinadas (a gente brinca que foi o nosso batismo africano, rs).
Dividimos o nosso passeio no Kruger em dois dias:
- Kruger Park – Game Driver
- Kruger Park – Morning Walk
Kruger Park – Game Driver
Em Phalaborwa, ficamos hospedados no Travellers Palm, uma guesthouse com uma boa infraestrutura e um ótimo preço (3 diárias por R$ 480,00 por casal, em valor atualizado).
Nossa hospedagem ficava a menos de 10 minutos de carro da entrada do Kruger Park e lá fomos nós para começar a nossa aventura. Compramos os ingressos do Kruger pela internet com um mês de antecedência e recomendamos muito, pois, mesmo fora de temporada, a procura é grande e você corre o risco de não conseguir comprar na hora. O valor do ingresso é de R$ 115 (adulto) e R$ 57 (criança).
Fomos em um jipe alto, com abertura nas laterais, conduzido por um guia do parque, o chamado “game driver”. O guia vai nos levando para os locais onde os animais costumam ficar e vai diminuindo a velocidade do veículo/parando para que possamos tirar fotos. Ele também explica mais informações sobre a espécie e conta a história do parque. Importante: por questões de segurança, nesse tipo de passeio não é permitido descer do veículo.
Estávamos com uma expectativa bem grande em relação ao Kruger e ele entregou tudo! Foi realmente um passeio inesquecível: pudemos ver bem de pertinho zebras, girafas, búfalos, antílopes, aves, etc. Só ficamos frustrados por não termos visto o leão/leoa e nem o elefante, mas, já no final do nosso tour, avistamos uma leoa bem de longe, mas ela estava com uma cara de poucos amigos e saiu assim que tentamos nos aproximar.
A sensação era de estar no filme do Rei Leão podendo ver de perto uma natureza preservada, cheia de cores e sons, e um ecossistema onde os animais são totalmente livres.
O tour tem de 4h a 5h de duração. E pra encerrar o dia com chave de ouro, fomos presenteados com um pôr do sol lindíssimo, só faltou tocar a música Circle of Life para a experiência ser completa (Nants ingonyama bagithi baba – aposto que se você assistiu Rei Leão, você já tentou cantar essa parte da música hahaha).
Kruger Park – Morning Walk
Como bons brasileiros, não desistimos nunca e fizemos uma nova visita ao Kruger Park determinados a ver outros animais que não vimos no dia anterior (leão e elefante) e, dessa vez, de uma forma mais aventureira: fazendo um Morning Walk, ou seja, percorrendo o parque a pé.
Confesso que quando o Luiz deu a ideia de fazer esse tour eu realmente fiquei com medo, afinal estaríamos sem a “proteção” do carro e andando a pé no meio da savana, cheia de animais que poderiam ser perigosos se sentissem ameaçados.
Pensei muito, mas resolvi encarar o desafio porque viajante que é viajante tem que passar alguns perrengues também, né? O tour é feito com dois guias do parque que andavam armados (apenas para autodefesa) e foi bem tranquilo.
O nosso Morning Walk começou bem cedo: o guia passou para nos buscar na nossa guesthouse por volta de 5h30 da manhã, ainda estava noite e bem frio. Chegamos no parque e começamos o tour às 6h e finalizamos por volta de 10h da manhã. Tivemos a sorte de fazer o passeio sozinhos (normalmente, vão até 10 pessoas).
Como esse é um passeio que tem um risco maior, precisamos obedecer a todas as orientações dos guias: evitar usar roupas com cores chamativas, como vermelho, para não atrair a atenção dos animais, andar sempre em fila indiana, e, se precisar se comunicar, você deve levantar a mão para que o guia vá até você. Super importante cumprir essas regras para evitar problemas.
Os guias conhecem o parque super bem, então foram nos levando para os lugares em que os animais costumam ficar. Eles explicavam sobre os hábitos dos animais, curiosidades e até nos mostraram algumas pegadas e outros detalhes que não tínhamos visto. Acabamos vendo os mesmos animais do dia anterior (zebras, girafas, antílope, etc) e nos frustramos um pouco por não ter conseguido ver animais diferentes e que estávamos com mais expectativa (leão, elefante, hipopótamo, hiena).
De uma forma geral, valeu a pena por ter conhecido mais de perto o habitat dos animais, ter visto detalhes que no game drive você acaba não vendo e ter tido uma experiência mais “radical” e próxima da realidade. Achamos que além do Morning Walk e do Game Driver durante o dia, vale a pena fazer um Game Driver à noite já que muitos animais têm hábitos mais noturnos e você pode ter uma experiência ainda mais completa.
Moholoholo Animal Reabilitation Centre
Antes de voltar para Joanesburgo, fizemos uma parada no Moholoholo Animal Reabilitation Centre, que fica a 96 km de Phalaborwa, aproximadamente 1h15 de carro.
O Moholoholo Animal Reabilitation Centre é um centro de reabilitação que recebe animais vítimas de maus tratos. A filosofia do local é recuperar esses animais para devolvê-los à savana africana depois de reabilitados, mas nem sempre isso é possível, pois há muito animais que devido à ameaça de extinção acabam ficando de forma permanente no centro.
No Moholoholo, há uma equipe de veterinários que atendem os animais diariamente, cuidando de sua recuperação, alimentação e socialização. Quando visitamos o local, pudemos ver de pertinho (mas separados por um alambrado, claro) vários animais que não vimos quando visitamos o Kruger, como leões, leoas, hienas, leopardo, guepardo, gaviões e outras aves de rapina.
Durante o tour pelo espaço, o guia explica mais sobre o propósito do centro de reabilitação, comenta sobre as características e curiosidades dos animais, além de alimentá-los na nossa frente. Nós recomendamos muito a visita porque é uma forma de ver de pertinho animais que são mais difíceis de serrem avistados nos safáris e também por conhecer um local que realmente zela pela saúde dos bichos.
Há dois tours por dia com aproximadamente 2h de duração: um às 9h30 e outro às15h. O valor dos ingressos é de R$ 55 (adultos) e R$ 27 (para crianças de 7 a 12 anos) e você pode comprar online ou na bilheteria do local.






